O século XXI chegou com um mundo em pleno processo de mudanças. Os avanços tecnológicos são significativos e a internet se destaca neste processo.
Este meio de comunicação veio eliminando fronteiras por sua interatividade, onde o sujeito pode ter seu interlocutor em qualquer parte do mundo e com a liberdade em manifestar o que pensa, sem restrições.
Como todos os avanços tecnológicos, ter acesso a este meio de comunicação impõe uma barreira universal: a falta de condições financeiras da maioria da população, não só no Brasil, inclusive a nível mundial.
Vamos comentar esta situação focando o nosso Maranhão. Em nosso estado residem 6 milhões de habitantes. Destes, 1 milhão reside na capital São Luís, outros 1 milhão habitam cidades com mais de 80 mil habitantes, aí incluindo Imperatriz, Açailândia, Caxias, Timon, etc. Temos ainda 4 milhões residindo em cidades pequenas, maioria de no máximo até 10 mil habitantes.
Muitas destas pequenas cidades e povoados, até hoje não tem ainda o serviço de telefonia celular. Inclusive o serviço de telefonia fixa muitas vezes é precário, passando às fezes dias sem comunicação por falta de manutenção. Apesar da obrigatoriedade legal, a Anatel não tem tido força para obrigar as operadoras a prestar serviço de qualidade nestes pontos de menor densidade populacional, que ficam distantes de grandes centros.
Vejamos então, se a telefonia que já é um serviço tradicional e que há anos está à disposição da população até os dias atuais tem séria dificuldade em atender estas povoações menores, imagine a internet, que além do meio de acesso necessita que o usuário tenha um microcomputador e pagar tarifa mensal.
Mesmo em cidades onde o meio está disponível, apenas uma minoria consegue ter acesso, justamente em função do gargalo financeiro.
Este gargalo fica evidente quando observamos as estatísticas ou quando estamos em bairros periféricos. Aí não precisa ir muito longe. Podemos ver a situação de muitos bairros de Imperatriz.
Em Imperatriz, a maioria da população vive nos bairros, como em toda cidade grande. Mas aqui a situação dos bairros populares é totalmente caótica.
Fizemos uma sondagem, entrevistando moradores destes bairros, e a pergunta pedia para que mencionasse três grandes problemas de Imperatriz. Aí observamos o resultado das respostas:
1- Falta de saneamento básico: esgotos a céu aberto, ruas inacessíveis ou esburacadas, muitas residências se utilizando de fossas o que gera sério problema de higiene, etc.
2- Problema com água: Os bairros mais distantes não são atendidos adequadamente pela Caema, com freqüentes falta de água e até existência de ruas que só chega água pelo mecanismo da gambiarra.
3- Falta de iluminação: a maioria dos bairros tem iluminação pública precária e aqui também, nos bairros mais carentes, funciona o mecanismo da gambiarra. Apesar da prefeitura cobrar valor significativo com taxa de iluminação este problema afeta de forma direta milhares de habitantes de Imperatriz . A falta de iluminação adequada, além do desconforto gera ainda o problema de segurança, facilitando a ação de marginais.
Após este resultado, percebemos o tanto que o desenvolvimento tecnológico está distante da maioria da população. Mesmo o trivial, como saneamento básico, energia e água é acessível pela maioria de forma precária, imagine a internet.
Este quadro está difícil de ser revertido uma vez que os comandantes da política comungam da cartilha neoliberal, pregando a figura do Estado mínimo, onde as leis de mercado é que devem regular as formas de organização da produção. Não é por acaso que a CEMAR foi privatizada. Foi assim na era Sarney e não estamos vendo diferenças significativas neste início da era Jackson.
O Maranhão tem comungado o último lugar em matéria de desenvolvimento e o primeiro lugar em matéria de pobreza.
As iniciativas implantadas no estado como o cultivo de soja, eucalipto e siderúrgicas não tem se transformado em melhorias de renda para a maioria da população.
Esta barreira que impede o acesso e uso das novas tecnologias deve ser quebrada. Nesta tarefa necessariamente deve estar empenhado o governo municipal, estadual e federal. Mas estes governos parecem não representar os interesses da maioria e portanto a inclusão não só digital fica cada vez mais longe de ser alcançada.
Acabamos de ler uma notícia, que em Cingapura está sendo implantado um projeto para colocar fibra óptica em todas as residências e cada um de seus habitantes estarão interligados à internet a 1 gigabit. Isto significa 18 mil vezes mais rápido que a velocidade da linha discada que é de apenas 56 Kbit. 1 gigabit significa poder receber uma obra completa do dramaturgo inglês William Shakespeare em 40 milésimos de segundo.
Não precisamos copiar Cingapura, mas não podemos continuar na era da pedra lascada onde o básico não está acessível de forma satisfatória à maioria.
Há séculos a maioria do povo tem eleito e esperado alternativas de latifundiários, ricos proprietários e grandes comerciantes, mas só tem visto perpetuar as péssimas condições de vida da maioria. Eles não foram e não são capazes nem mesmo de resolverem os problemas básicos da maioria, como os acima mencionados.
Urgente se faz necessário que as camadas populares, os trabalhadores, criem formas de organização e estabeleçam um programa de ação para superar este quadro. Assim poderemos alcançar também a inclusão digital.
Este meio de comunicação veio eliminando fronteiras por sua interatividade, onde o sujeito pode ter seu interlocutor em qualquer parte do mundo e com a liberdade em manifestar o que pensa, sem restrições.
Como todos os avanços tecnológicos, ter acesso a este meio de comunicação impõe uma barreira universal: a falta de condições financeiras da maioria da população, não só no Brasil, inclusive a nível mundial.
Vamos comentar esta situação focando o nosso Maranhão. Em nosso estado residem 6 milhões de habitantes. Destes, 1 milhão reside na capital São Luís, outros 1 milhão habitam cidades com mais de 80 mil habitantes, aí incluindo Imperatriz, Açailândia, Caxias, Timon, etc. Temos ainda 4 milhões residindo em cidades pequenas, maioria de no máximo até 10 mil habitantes.
Muitas destas pequenas cidades e povoados, até hoje não tem ainda o serviço de telefonia celular. Inclusive o serviço de telefonia fixa muitas vezes é precário, passando às fezes dias sem comunicação por falta de manutenção. Apesar da obrigatoriedade legal, a Anatel não tem tido força para obrigar as operadoras a prestar serviço de qualidade nestes pontos de menor densidade populacional, que ficam distantes de grandes centros.
Vejamos então, se a telefonia que já é um serviço tradicional e que há anos está à disposição da população até os dias atuais tem séria dificuldade em atender estas povoações menores, imagine a internet, que além do meio de acesso necessita que o usuário tenha um microcomputador e pagar tarifa mensal.
Mesmo em cidades onde o meio está disponível, apenas uma minoria consegue ter acesso, justamente em função do gargalo financeiro.
Este gargalo fica evidente quando observamos as estatísticas ou quando estamos em bairros periféricos. Aí não precisa ir muito longe. Podemos ver a situação de muitos bairros de Imperatriz.
Em Imperatriz, a maioria da população vive nos bairros, como em toda cidade grande. Mas aqui a situação dos bairros populares é totalmente caótica.
Fizemos uma sondagem, entrevistando moradores destes bairros, e a pergunta pedia para que mencionasse três grandes problemas de Imperatriz. Aí observamos o resultado das respostas:
1- Falta de saneamento básico: esgotos a céu aberto, ruas inacessíveis ou esburacadas, muitas residências se utilizando de fossas o que gera sério problema de higiene, etc.
2- Problema com água: Os bairros mais distantes não são atendidos adequadamente pela Caema, com freqüentes falta de água e até existência de ruas que só chega água pelo mecanismo da gambiarra.
3- Falta de iluminação: a maioria dos bairros tem iluminação pública precária e aqui também, nos bairros mais carentes, funciona o mecanismo da gambiarra. Apesar da prefeitura cobrar valor significativo com taxa de iluminação este problema afeta de forma direta milhares de habitantes de Imperatriz . A falta de iluminação adequada, além do desconforto gera ainda o problema de segurança, facilitando a ação de marginais.
Após este resultado, percebemos o tanto que o desenvolvimento tecnológico está distante da maioria da população. Mesmo o trivial, como saneamento básico, energia e água é acessível pela maioria de forma precária, imagine a internet.
Este quadro está difícil de ser revertido uma vez que os comandantes da política comungam da cartilha neoliberal, pregando a figura do Estado mínimo, onde as leis de mercado é que devem regular as formas de organização da produção. Não é por acaso que a CEMAR foi privatizada. Foi assim na era Sarney e não estamos vendo diferenças significativas neste início da era Jackson.
O Maranhão tem comungado o último lugar em matéria de desenvolvimento e o primeiro lugar em matéria de pobreza.
As iniciativas implantadas no estado como o cultivo de soja, eucalipto e siderúrgicas não tem se transformado em melhorias de renda para a maioria da população.
Esta barreira que impede o acesso e uso das novas tecnologias deve ser quebrada. Nesta tarefa necessariamente deve estar empenhado o governo municipal, estadual e federal. Mas estes governos parecem não representar os interesses da maioria e portanto a inclusão não só digital fica cada vez mais longe de ser alcançada.
Acabamos de ler uma notícia, que em Cingapura está sendo implantado um projeto para colocar fibra óptica em todas as residências e cada um de seus habitantes estarão interligados à internet a 1 gigabit. Isto significa 18 mil vezes mais rápido que a velocidade da linha discada que é de apenas 56 Kbit. 1 gigabit significa poder receber uma obra completa do dramaturgo inglês William Shakespeare em 40 milésimos de segundo.
Não precisamos copiar Cingapura, mas não podemos continuar na era da pedra lascada onde o básico não está acessível de forma satisfatória à maioria.
Há séculos a maioria do povo tem eleito e esperado alternativas de latifundiários, ricos proprietários e grandes comerciantes, mas só tem visto perpetuar as péssimas condições de vida da maioria. Eles não foram e não são capazes nem mesmo de resolverem os problemas básicos da maioria, como os acima mencionados.
Urgente se faz necessário que as camadas populares, os trabalhadores, criem formas de organização e estabeleçam um programa de ação para superar este quadro. Assim poderemos alcançar também a inclusão digital.
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