sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

"De onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo."


Aproveito para compartilhar com todos o site http://edwilson.souza.vilabol.uol.com.br/index.html que dedica espaço ao Barão de Itararé.
Acho importante este senso de humor. Não sei contar piada nem usar linguagem bem humorada. Mas sou admirador dos que tem esta facilidade. Assim sentimos o mundo mais alegre.
Nem só da realidade nua e crua vive a humanidade.
Vamos então a algumas frases do Barão de Itararé postadas no referido site:

* De onde menos se espera, daí é que não sai nada.

* Mais vale um galo no terreiro do que dois natesta.

* Quem empresta, adeus...

* Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.

* Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.

* Quando pobre come frango, um dos dois está doente.

* Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.

* Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.

* Quem só fala dos grandes, pequeno fica.

* Viúva rica, com um olho chora e com o outro se explica.

* Depois do governo ge-gê, o Brasil terá um governo ga-gá. ( Ge-gê: apelido de Getulio Vargas. Ga-gá: referia-se às duas primeiras letras no sobrenome do novo presidente, Eurico Gaspar Dutra).

* Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o dono do jornal encher nababescamente a barriga.

* Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.

* Voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim , afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.

* Os juros são o perfume do capital.

* Urçamento é uma conta que se faz para saveire como debemos aplicaire o dinheiro que já gastamos.

* Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados.

* Banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.

* Mulher moderna calça as botas e bota as calças.

* A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

* Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.

* Pão, quanto mais quente, mais fresco.

* A promissória é uma questão "de...vida". O pagamento é de morte.

* A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

* A gramática é o inspetor de veículos dos pronomes.

* Cobra é um animal careca com ondulação permanente.

* Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.

* Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

* Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem.

* É mais fácil sustentar dez filhos que um vício.

* A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.

* Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia ficará chato como o pai.

* Advogado, segundo Brougham, é um cavalheiro que põe os nossos bens a salvo dos nossos inimigos e os guarda para si.

* Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quem vai paga a conta?


O impasse continua em Copenhague.
EUA e China não têm acordo. Ambos são responsáveis por 40% da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atualidade. A liberação de CO2 é considerada o principal causador do aquecimento global, segundo os relatórios da ONU.
A China argumenta a responsabilidade histórica dos países industrializados como os principais causadores do desequilíbrio ambiental que vive o planeta. Portanto deverão ter compromisso reparador, liberando recursos aos países em desenvolvimento com o propósito de redução das atividades que mais poluem o meio ambiente. Os EUA simplesmente se negam a terem esta responsabilidade.
É uma briga de gigantes. Mas a população pobre do mundo é quem está pagando o pato.
Em pleno século XXI os trabalhadores ainda são expostos a trabalhar em ambientes altamente poluídos e poluidores em milhões de unidades produtivas espalhadas por este mundo afora.
Mas o operário, aquele que mete a mão na massa, que apesar da alta tecnologia está na fábrica processando a matéria, tem algum representante em Copenhague?
Nem precisa comentar a resposta.
Então quem está lá, representa o capital. Querem mesmo é melhorar suas taxas de lucro.
Não é por acaso que Todd Stern, representando a posição dos EUA declarou:
"Reconhecemos cabalmente nosso papel histórico na poluição atmosférica, mas rejeito categoricamente qualquer idéia da culpabilidade ou de reparações".
Representando a posição do Brasil e aliado com a China, Sérgio Serra manifestou: "Sem dinheiro, nenhum acordo!".
O problema é o dinheiro.
Já é possível perceber que de Copenhague não podemos esperar muito. Ou melhor, não podemos esperar nada.
A característica do capitalismo é a busca incondicional do lucro em meio à completa anarquia da produção. Sua principal fonte geradora e concentradora de riqueza é a exploração do trabalho assalariado.
Assim, para a burguesia, meio ambiente está lá no fim da fila. Estes eventos sevem mais para consolidar seu domínio ideológico.
Cada dia fica mais evidente que o capitalismo não tem mais nada a oferecer de bom à humanidade. De mal tem muito: miséria, violência, desesperança. Será que isto já não cheira a barbárie?
Será que a burguesia tem interesse em gastar dinheiro no combate ao aquecimento global?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Polêmica no PSOL


A polêmica está posta dentro do PSOL.

A Executiva Nacional aprovou abertura de negociação com a candidata do PV à presidência da república, Marina Silva.

Os militantes do PSOL em todo país estão repudiando esta decisão e defendendo a reedição da frente de esquerda em torno de um programa anticapitalista.

Reproduzimos abaixo a decisão do Diretório Estadual do Maranhão.


“O MARANHÃO DIZ NÃO À ALIANÇA COM O PV E MARINA SILVA E EXIGE O RESPEITO AO PARTIDO E ÀS SUAS BASES!
São Luís (MA), 3 de dezembro de 2009
Depois de titubear, o PSOL, tensionado por pressões internas e públicas da maioria dos seus dirigentes plantados na Executiva Nacional, aprovou a abertura de conversações oficiais com a pré-candidata do PV, Marina Silva. Este fato lamentável põe em alerta a base do PSOL e a faz levantar com rigor e coerência contra esse erro de tática e estratégia política daqueles que renegam o projeto socialista do partido e, impregnados pelos vícios do institucionalismo, teimam em repetir os mesmos erros de um passado de alianças policlassistas e eleitoreiras.
Na realidade, há uma pergunta que não quer calar: o PSOL abortará, praticamente, no seu nascedouro, as esperanças que semeou para amplos contingentes da classe trabalhadora brasileira ou sucumbirá perante os ditames da ordem burguesa, tornando-se apenas um instrumento funcional ao sistema capitalista sem forças e sem vontade de romper com a lógica do capital?
Claro que não é isto que a base do PSOL deseja que aconteça. Ao contrário, a base do partido exige que a direção majoritária dê um passo atrás, faça uma autocrítica pública e reponha o processo político interno, reafirmando a centralidade da candidatura própria do PSOL, por um lado, e, por outro, construa um processo político que possa levar à recriação da Frente de Esquerda em aliança com o PSTU e o PCB, numa verdadeira frente anticapitalista unitária para denunciar os 16 anos ininterruptos do neoliberalismo no Brasil, quer seja com FHC ou com Lula/Marina.
Jamais o PSOL terá as condições de fazer esse enfrentamento anticapitalista em 2010 se não recuar dessa política desastrosa. Afinal, como o setor majoritário do partido justificaria a aliança com o PV de Serra e Kassab, do Sarney e seus honoráveis bandidos? Da mesma forma, como esses dirigentes justificarão a aliança do PSOL com os capitalistas da Natura e de outras empresas capitalistas, que a pretexto da “responsabilidade social” exploram sem dó nem piedade e abusam da repressão sobre os seus trabalhadores e degradam o meio ambiente.
Bancar o apoio a Marina/PV pode representar um fim trágico e melancólico do PSOL na cena política brasileira no momento em que vários agrupamentos partidários buscam aglutinar a autêntica esquerda e os setores combativos dos movimentos sociais para fortalecer a construção da Frente de Esquerda, fazer o balanço do que foi a era neoliberal no Brasil e, ao mesmo tempo, apresentar um programa socialista para o Brasil.
A ironia trágica dessa história é que a presidente do partido [Heloísa Helena], além de abdicar de sua candidatura à presidência, foi a primeira a sair em público a pressionar a direção do partido para a aliança com o PV e Marina Silva, num total desrespeito às bases partidárias.
O PSOL tem bases para apresentar um programa anticapitalista capaz de reaglutinar a frente de esquerda, como é o caso da pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio, que vem recebendo inúmeros apoios na intelectualidade, nos movimentos sociais, setores da Igreja Católica, do sindicalismo combativo e da juventude, dando mostras do potencial e das possibilidades que o PSOL têm para enfrentar o cenário atual.
A Executiva Nacional do PSOL não poderia tomar a equivocada decisão de abrir negociações com Marina e o PV. É por acreditarmos nos militantes inseridos nas lutas, populares, sindicais, ambientais, estudantis e dos seus mais diversos e ricos setoriais que o momento é de nos levantarmos em defesa do projeto do PSOL, que no terreno da disputa eleitoral, se materializa em uma candidatura própria presidencial com um programa de corte anticapitalista.
O PSOL-MA reitera a sua posição política para dizer que essa idéia de aliança com o PV terá o nosso combate até as últimas conseqüências, denunciando a violenta e corrupta oligarquia Sarney, na qual se abriga o deputado Zequinha Sarney, prócer do PV e dos interesses privados no Maranhão e no Brasil.
A única aliança política a ser feita para as eleições 2010 já foi aprovada no II Congresso do PSOL-MA em agosto de 2009 e aponta para a construção da Frente de Esquerda com o PSOL, o PSTU e o PCB a partir de um efetivo debate programático entre os partidos com a participação dos movimentos sociais de nosso país, na perspectiva de apresentar um programa anticapitalista e de ruptura com a sociedade capitalista e oligárquica.
São Luís (MA), 3 de dezembro de 2009.
Diretório Estadual do PSOL-MA”