terça-feira, 17 de agosto de 2010

Gás em Capinzal do Norte

O Gás no Maranhão gera desenvolvimento social?

É o título de excelente texto escrito por Leonardo Sakamoto sobre a recente descoberta de gás pela OGX, empresa privada de Eike Batista, no município de Capinzal do Norte-MA. Vale a pena ler em seu Blog http://blogdosakamoto.uol.com.br/2010/08/13/gas-no-maranhao-vai-gerar-desenvolvimento-social/

domingo, 15 de agosto de 2010

Caminhos para o Maranhão

Segundo o IBGE, em 2008 a renda per capita do Maranhão era três vezes menor que a renda per capita nacional.

Pouca riqueza, adicionada à concentração de renda condena a maioria da população a viver na pobreza. Em 2008 os dados do IBGE indicam que 64% da população maranhense viviam em condições de pobreza ou indigência.

O caminho seguido pelos governantes foi apostar nos investimentos Alcoa/Alumar, Vale do Rio Doce, soja. Na atualidade, barragem do Estreito, fábrica da Suzano e a refinaria da Petrobrás. A Estrada de Ferro Carajás, ferrovia Norte- Sul, ampliação do Porto de Itaqui, receberam pesados investimentos públicos, mas beneficiam poucas empresas. Não houve preocupação em ampliar investimentos em outras atividades que ampliasse a utilização desta infra-estrutura.

Apesar destes empreendimentos, voltados para exportação de commodities, não alteraram a situação de pobreza da população. São concentradores de renda e não geram efeitos multiplicadores na economia do Estado.

Na verdade, os governantes seguem a chamada linha neoliberal. Pregam o Estado mínimo que na prática significa defender lucro máximo para as empresas privadas.

Descartam o desenvolvimento econômico tendo como meta a igualdade social. Na verdade este objetivo contradiz a lógica capitalista.

Como exemplo, apesar da capacidade de produção de navios em estaleiros no Brasil, em 2009 a Vale encomendou a produção de 12 navios a estaleiros chineses.

A descoberta de gás natural pela OGX no município de Capinzal do Norte amplia as possibilidades, mas continuando a orientação econômica vigente não significará grandes melhorias nas condições de vida da maioria da população.

Em qualquer parte do mundo, economias pouco desenvolvidas como é o caso do Maranhão, só sairão da pobreza com forte intervenção do Estado na economia.

O Estado deve resolver os problemas de infra-estrutura como estradas, portos, ferrovias, energia, telecomunicações. Isto é básico para haver desenvolvimento. Deve ir além: investir pesado na indústria de base, educação, modernizar a estrutura agrária.

Em vez de meros exportadores de matérias-primas devemos aqui industrializá-las. Nesta direção será possível garantir trabalho e melhorar as condições de vida de milhões de trabalhadores tendo o Estado como articulador do processo de industrialização.

Não podemos permitir que a educação seja tratada como qualquer mercadoria. Apenas o Estado pode alavancar uma boa educação para toda a sociedade. Não deve poupar investimentos para formar cientistas, engenheiros, professores, economistas, administradores, sociólogos etc. Assim a sociedade terá melhores condições de planejamento e execução das melhores alternativas.

Nossas terras não podem permanecer nas mãos do agronegócio que no afã do lucro não tem nenhuma preocupação social ou com o meio-ambiente. Nem devemos abandonar os trabalhadores rurais no analfabetismo e na pobreza, utilizando as mais arcaicas técnicas tendo ao alcance apenas ferramentas como a enxada, foice e o machado.

Precisamos incentivar a criação de unidades agrícolas coletivas, utilizando a mais moderna tecnologia, tendo como atores principais os trabalhadores. O zoneamento agrícola do Estado é necessário. Para haver controle e planejamento é preciso definir as áreas de preservação ambiental e onde é mais produtiva a exploração agrícola em larga escala.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

II Seminário promovido pelo GEMMARX em São Luís-MA

Recebi e-mail do camarada Acrísio Soares sobre a continuidade dos debates promovidos pelo Gemmarx, que publico a seguir.
Iniciativa deste tipo é fundamental para pensarmos a realidade atual e construirmos caminhos rumo ao socialismo.

ATENÇÃO! VEM AÍ O SEGUNDO SEMINÁRIO DO GEMMARX!

O Grupo de Estudos Marxistas do Maranhão (GEMMARX) promove o seu II Seminário, na cidade de São Luís, no dia 20 de agosto, no auditório “Che Guevara”, do Sindicato dos Bancários (Rua do Sol, 413, Centro), em continuidade da primeira experiência, exitosa, realizada em abril passado.

Nesta segunda edição do Seminário, o GEMMARX, através da Cultura e da Política na perspectiva marxiana, suscita novos temas e CONVIDA os militantes e lutadores sociais, pesquisadores em geral, grupos de pesquisa e estudantes de várias instituições de ensino superior, públicas e privadas, para realizarmos um debate, oportuno, profundo e democrático.

O GEMMARX segue seu rumo e seu compromisso epistemológico de um chamamento para aqueles que se inserem no lócus do pensamento crítico, embasado na teoria social marxiana e marxista e no objetivo da necessária e urgente análise acerca da realidade social quer seja global ou nacional ou regional, no caso do Maranhão. Afinal, na própria lição de Marx, devemos buscar a teoria social do "Mouro" como forma não apenas de pensar o mundo, mas sobretudo de transformá-lo.

O II Seminário, portanto, ao propiciar o bom debate acerca da Cultura e da Política no interior do legado marxiano, através de abordagens críticas e fundamentadas, cumpre seu compromisso de ser mais um espaço do conhecimento, do contraditório, da síntese e da perspectiva que nos move: a superação da sociedade capitalista e a emancipação da humanidade.