domingo, 9 de maio de 2010

Dificuldades para processo de industrialização do Maranhão.

Em 04 de abril de 2010 tornei público minha opinião sobre as bases para o desenvolvimento econômico, político e social do Maranhão.

Lá manifesto a opinião que “sem uma política de industrialização como política de Estado, o Maranhão continuará como mero exportador de matérias primas, processo que só fadiga a natureza, concentra a renda, agrega pouco valor e condena o futuro de sua população à pobreza e a falta de perspectiva”.

Também naquele texto levantei uma condição: “Por aqui, a industrialização é um processo que precisa não só da indução do Estado como de sua intervenção direta”.

Completando a lógica do raciocínio informei que “esta é uma tarefa que nos países desenvolvidos foi realizada pela burguesia” mas por aqui “esta é uma das tarefas de um governo liderado pelos trabalhadores”.

Promover a industrialização em pleno século XXI em regiões pouco desenvolvidas não é tarefa tão simples. Podemos destacar algumas dificuldades:

1-O conhecimento científico e tecnológico está concentrado nas mãos dos países desenvolvidos e grandes corporações que monopolizam a nível mundial os principais setores da economia. Agem como colonizadoras das regiões não desenvolvidas e impõe a estas o papel de fornecedoras de matéria prima.

2-No Brasil e particularmente no Maranhão a política dos governantes não é de investimento na educação. Em 2007, 21,5% das pessoas de 15 anos ou mais que residiam no Maranhão eram analfabetas enquanto a média nacional ainda era de 10%. Acrescentando o analfabetismo funcional, estes indicadores são ampliados.
Em um processo de industrialização, a educação é fator primordial para alcançarmos alta produtividade.

3-A maioria das universidades não produz conhecimento que possam ser transformados em novas tecnologias. Não conhecemos Universidade no Maranhão que tenha este propósito. Constitui um gargalo para produção de bens com moderna tecnologia.

4-As lideranças políticas estão atreladas aos interesses da burguesia que tendo lucro fácil se contentam em serem meros exportadores de matérias primas. Para alcançar este objetivo, se submetem às regras definidas pelos países desenvolvidos.

Não há preocupação com as condições de vida do conjunto da população.

O Estado burguês não tem o propósito de fazer investimentos públicos em atividades econômicas que tenham como fim beneficiar o coletivo dos trabalhadores. Em vez de fazerem investimentos públicos em atividades produtivas, privatizam o que já era investimento público e rentável, como fizeram com a Vale do Rio Doce.

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