Segundo o IBGE em 2007 o PIB per capita do Brasil era R$ 14.464,73. Na relação com outros Estados da federação o Maranhão tinha o penúltimo PIB per capita com R$ 5.165,00. Situação pior só Alagoas com PIB per capita de R$ 4.662,00. O Distrito Federal liderava com R$ 40.696,00.
Para se equiparar ao PIB per capita nacional o Maranhão deveria ter PIB 3 vezes maior em 2007.
O baixo nível de produção no Estado é a base material da situação de pobreza a que o povo do Maranhão está submetido.
O problema é agravado com a enorme desigualdade social e regional. Em 2008, 1% dos mais ricos concentravam renda equivalente a 17,05% dos mais pobres. (Fonte:IPEA).
Em 2006, 53,8% do PIB do Maranhão estava concentrado em cinco cidades: São Luís, Imperatriz, Balsas, Açailândia e Caxias. A capital São Luís concentrava 36,9% do PIB com 15% da população do Estado.(Fonte: PDI 2020 – Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial do Maranhão_FIEMA.)
A variação anual do PIB do Maranhão no período 2002/2007 apresentou histórico acima da média do Nordeste e acima da média Nacional. Neste período o PIB do Maranhão cresceu 6,96%, o do Nordeste 3,76% e o do Brasil 4,78%, respectivamente.
O problema é que o patamar do PIB do Maranhão tem pouco volume. Apesar da média do crescimento ter sido levemente maior neste período, a contribuição do Maranhão para formação do PIB nacional foi de apenas 1,19% em 2007(Fonte: IBGE).
Mantendo a política econômica direcionada para o Estado do Maranhão até a primeira década do século XXI, a maioria da população estará condenada a perpetuar-se na pobreza.
Para exemplificarmos esta situação, o governo do Estado gasta milhões com propaganda para anunciar os empreendimentos privados no Estado. Faz isto com objetivo de induzir a população a entender que é a salvação para todos.
Entretanto, conforme dados publicado pelo IMES, Instituto do Governo do Estado do Maranhão, constatamos que os projetos anunciados, em sua fase de implantação irão gerar 171 mil empregos, onde o maior volume será na Refinaria Premium I em Bacabeira. Mas ao concluir a fase de implantação, 150 mil estarão desempregados. Nas atividades de rotina dos empreendimentos ficarão apenas 21,2 mil empregados. É o pessoal que ficará cuidando das operações rotineiras dos empreendimentos.
Após concluída a implantação da Refinaria Premium I, ocupará apenas 1,5 mil trabalhadores.(Fonte: IMES- Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão).
Estes empreendimentos estão 100% voltados para exportação e não tem capacidade de gerar cadeias produtivas capaz de provocar envolvimento de amplos setores na atividade econômica. São empreendimentos concentradores de renda.
Com este comportamento, o governo atual não apresenta nenhuma possibilidade real de reversão do quadro de pobreza.
As eleições para governo do Estado é momento importante para refletirmos sobre a realidade e as dificuldades de nosso povo.
As candidaturas chapa branca que se apresentam não colocam estas questões como o centro do debate. Roseana Sarney, Jackson Lago e Flávio Dino fogem do debate destas questões como o diabo foge da cruz.
As elites que controlam a economia do Estado não querem a democracia do uso da terra e nem a democracia na distribuição da renda. Entende o desenvolvimento industrial como atividade privada e não como atividade social que deve ser prioridade do governo Estadual e Federal.
As candidaturas já mencionadas são representantes desta elite. Com eles, tanto faz ser eleito um ou outro, a maioria do povo do Maranhão continuará sem perspectiva de solução do estado de pobreza a que está submetido.
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