Os países que melhor se desenvolveram foram os que perseguiram o caminho da industrialização. O mesmo vale para as regiões de um país.
Onde já há uma base industrial, alta produtividade e desenvolvido processo de produção de conhecimento, os trabalhadores terão mais facilidade para liderar o poder político.
O Maranhão vive um momento onde o capital monopolista investe em setores da economia voltado para exportação. Como mencionado em artigo anterior, estes investimentos estão voltados 100% para produzir para exportação. É assim o caso das siderúrgicas, celulose, alumínio, soja etc. Estas atividades aumentam a produtividade, mas geram também violento processo de concentração da renda.
Em sua fase monopolista, o capital investido nestes setores não tem efeito multiplicador, necessário para gerar emprego e melhorar a qualidade de vida da população. Aliás, mesmo nos países desenvolvidos, ao lado da facilidade da produção de riquezas, o desemprego tem uma feição estrutural e o modo de produção capitalista é impotente para solucionar este problema.
Por aqui, a industrialização é um processo que precisa não só da indução do Estado como de sua intervenção direta. Em época de neoliberalismo, mesmo com a profunda crise do capitalismo neste final de década, a burguesia e sua mídia preferem ouvir o diabo a uma proposta deste tipo.
Sem uma política de industrialização como política de Estado, o Maranhão continuará como mero exportador de matérias primas, processo que só fadiga a natureza, concentra a renda, agrega pouco valor e condena o futuro de sua população à pobreza e à falta de perspectiva.
Esta é uma tarefa que nos países desenvolvidos foi realizada pela burguesia. Não há como coletivizar bem estar social sem produção de riqueza. Por aqui, nem isto a burguesia foi capaz de realizar. Esta é uma das tarefas de um governo liderado pelos trabalhadores.
É nesta direção que nos propomos discutir alternativas para o Maranhão e o Brasil.
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